Quatro estudantes de Português do IES O Couto, Ourense, partilham um trabalho muito giro… mas não era uma tarefa qualquer, senão um teste!
Na cozinha da pequena casa azul, o Joaquim preparava o jantar com cuidado. Sobre a bancada, espalhavam-se ingredientes frescos: cebolas roxas, alho picado, courgette fatiada, pimentos amarelos e um punhado de coentros acabados de colher. A chaleira chiava no fogão, enquanto o forno libertava um aroma quente de frango assado com batatas. No rádio, ouvia-se uma canção antiga, com uma flauta a acompanhar a voz rouca da cantora. A cadela Júlia, curiosa, espreitava por debaixo da mesa, à espera de uma migalha.
Na sala contígua, a família dispunha os pratos sobre a toalha branca, decorada com motivos florais. O avô Ulisses resmungava por causa do calor, abanando-se com um folheto de supermercado. A televisão mostrava imagens de um restaurante sofisticado em Lisboa, onde um chefe explicava como confecionar polvo à lagareiro. A tia Zélia, vinda do Porto, dizia que preferia tripas à moda antiga. O primo Xavier, sempre com pressa, perguntava se podia comer no quarto, mas recebeu um olhar severo da mãe.
(...) Pegou na colher e mexeu o chá, pensando na manhã de sol que tinha prometido.
No entanto, as nuvens escuras anunciavam chuva.
Ao fundo, o cão latiu e o gato saltou para o sofá.
“Hoje vai ser um dia longo!” – suspirou o João, enquanto conduzia devagar para casa.
Agradecemos imenso a participação de Raúl, Hugo, Ainara, Ariana e do profe Paulo.